*Joel Cardoso

Como “imortal” ocupando a cadeira 25 da Academia de Letras de Maringá e autor de 5 livros, fui indicado pela nova diretoria da Academia de Letras de Maringá para escrever um artigo que enalteça a importância do Dia do Repórter (16/02), dentro de calendário das principais datas comemorativas no cenário brasileiro.  Há uma tênue linha de divergência no mundo da comunicação, sobre o que seria o jornalista e o repórter. E isso acaba aparecendo até mesmo em vagas de emprego em portais como o Linkedin, quando algumas empresas associam funções equivocadas sobre ambas as profissões.

Como já ocupei as ambas categorias, repórter e jornalista, nunca tive problemas de distinções em ser rotulado nas duas funções. Aliás, hoje em dia, já existe um consenso entre a maioria dos profissionais que os jornalistas são responsáveis por atuar com veículos de comunicação como jornais e revistas, sejam eles impressos ou não. Devido a isso, estão caminhando lado a lado com a redação de textos. Por isso, escrever seria mais que essencial.  Já o repórter, deve ser o responsável por cuidar de fontes primárias, como entrevistas das fontes e pesquisa de campo.

A figura de repórter está mais presente no lado externo das redações e dos estúdios de rádio, jornal e televisão, mas fora dos grandes jornais, TVs e redes de rádios, a diferença entre o jornalista e o repórter praticamente deixa de existir. Entra em cena uma categoria unificada de jornalista/repórter. Existem muitos exemplos na imprensa estadual e regional. Muitas vezes o jornalista é o responsável por ir ao campo para buscar fontes, ter conhecimento ou pesquisar sobre a pauta e escrever sobre e escrever sobre o assunto. Um exemplo que se adequa nesse cenário: Revista RCP e Jornal Aeroportos.

Outro exemplo:  supondo que a pauta seja sobre economia e a bolsa de valores caiu enquanto estava monitorando. Pode-se escrever um texto explicando a queda, apresentando dados. Isso seria realizar tanto a atividade de repórter, que se trata de monitorar, buscar no campo de trabalho as fontes, quanto escrever a notícia.
Um profissional da área de comunicação pode dominar um ou outro. No entanto, ter conhecimentos em ambas as áreas pode ser um diferencial para se destacar no mercado, que vem estando entre os mais concorridos.

*Jornalista, autor de vários livros e ocupante da
cadeira 25 da Academia de Letras de Maringá.